sexta-feira, 20 de julho de 2012

Após cirurgia de mama, 20% das mulheres precisam de uma segunda operação

Saúde da mulher

Após cirurgia de mama, 20% das mulheres precisam de uma segunda operação

Como alguns cânceres são de difícil detecção, a cirurgia conservadora pode não ser suficiente para extrair todos os tumores
prótese de silicone
Câncer: 20% das mulheres que optam por uma tumorectomia precisam voltar à mesa de cirurgia (Thinkstock)
Uma em cada cinco mulheres com câncer de mama que optam por uma cirurgia conservadora em vez de uma mastectomia precisa de uma segunda operação, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista médica British Medical Journal.
O câncer de mama pode ser combatido com uma tumorectomia, cirurgia na qual se conserva a mama, ou com uma mastectomia, na qual há a extração de um ou dos dois seios. Metade das mulheres diagnosticadas na Inglaterra, país onde foi feita a pesquisa, opta pela primeira opção. Dessas, 20% necessitam passar pela sala de cirurgia em uma segunda oportunidade. No levantamento participaram 55.297 mulheres maiores de 16 anos que foram operadas pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido entre 2005 e 2008.
"A cirurgia conservadora, em combinação com radioterapia, oferece índices de sobrevivência similares aos da mastectomia", diz David Cromwell, pesquisador da London School of Hygiene and Tropical Medicine e coordenador do estudo. No entanto, uma vez que alguns tumores são difíceis de detectar, a cirurgia conservadora pode não ser suficiente, pelo que se torna necessária uma segunda operação para suprimir totalmente o tecido cancerígeno.
Entre as mulheres que necessitaram de uma segunda operação, 40% dos casos requereram uma mastectomia. O estudo também concluiu que as mulheres mais velhas têm menos chance de precisar de uma segunda cirurgia.
Dr. Antonio Wolff

O oncologista Antonio Wolff é especialista em câncer de mama. Está começando um projeto de pesquisa com 8.000 mulheres, que fará testes com dois remédios — trastuzumabe e lapatinibe. Os primeiros resultados deverão começar a aparecer em dois anos.

Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Wolff é pesquisador da Universidade Johns Hopkins há doze anos. Ali, atende pacientes duas vezes por semana e estuda, faz pesquisas, dá palestras. Seu foco é no que pode ser feito para melhorar a vida  do paciente.

fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/apos-cirurgia-de-mama-20-das-mulheres-precisam-de-uma-segunda-operacao




Para abandonar os maus hábitos alimentares, é preciso substituí-los


18/07/2012 10h38 - Atualizado em 19/07/2012 07h58


Para abandonar os maus hábitos alimentares, é preciso substituí-los



Docinho no fim da tarde pode virar uma fruta, por exemplo.

No caso do cigarro, que é um vício, é preciso ter mais força de vontade.



A física moderna diz que a todas as interações entre as partículas existentes na natureza são regidas por quatro forças: a gravidade, o magnetismo, a força fraca e a força forte. São elas que regem o comportamento dos átomos e fazem com que o mundo seja como nós o conhecemos.
Quando o assunto é o comportamento humano, entra em cena uma força que pode muitas vezes ser ainda mais poderosa – a força do hábito. Esse foi o assunto do Bem Estar nesta quarta-feira (18), com participação do endocrinologista Alfredo Halpern e do psiquiatra Arthur Kaufman.
Os hábitos surgiram para nos ajudar. Estabelecer rotinas foi um jeito que o cérebro encontrou de economizar energia. Uma vez que você já aprendeu a fazer uma atividade, ela tende a ser cada vez menos trabalhosa, e em time que está ganhando não se mexe.
Só que a natureza é traiçoeira. O ser humano evoluiu, passou a viver em cidades e adquiriu hábitos que não são tão saudáveis. Na alimentação, os hábitos errados podem sabotar uma dieta.
Info bons hábitos (Foto: arte / G1)
Como o quadro acima mostra, os bons hábitos começam na mesa, mas o problema também pode estar entre as refeições. O docinho no fim da tarde é um ótimo exemplo de como um hábito pode ser ruim para a saúde. A alimentação pode ser toda saudável, mas o excesso de doces pode fazer com que ela engorde.


Os gânglios que ficam na base do cérebro constituem a região onde os hábitos ficam armazenados. Se essa “caixa” se esvazia, o cérebro sente falta – é uma porta de reentrada para os maus hábitos.
Por isso é muito difícil simplesmente abandonar um hábito, é preciso substituí-lo por um novo. Se você come um chocolate todo dia, é difícil abrir mão dele, mas você pode trocar pelo meio amargo, que tem menos açúcar. Outra ideia é trocá-lo pela sua fruta predileta, na mesma hora do dia.
Um hábito que todo mundo deveria ter é o exercício físico. Se você é sedentário e quer começar, vá primeiro para uma atividade que te dê prazer. Insista com ela, e o prazer do exercício logo compensará o prazer que uma hora a mais de descanso daria – e o hábito estará criado.
Uma troca como essa requer coragem e atitude, mas vale a pena. Você vai abrir mão do que parece seguro, mas só saindo dessa zona de conforto é possível mudar os hábitos.
Quando o hábito vira vício, é um desafio ainda maior, como é o caso do cigarro. A força de vontade precisa aumentar, mas o mecanismo é o mesmo – é preciso colocar hábitos novos e mais saudáveis no lugar.
Os convidados do Bem Estar também deram uma dica que não está tão ligada aos hábitos, mas que é essencial para proteger a dieta – a lista de compras. Vá ao supermercado com um objetivo definido, sabendo o que você quer, de preferência sem fome. É a melhor maneira de resistir às tentações das guloseimas.