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domingo, 2 de setembro de 2012

Paciente poderá registrar quais procedimentos médicos quer no fim da vida


Confira abaixo os principais pontos da resolução:
As diretivas antecipadas de vontade devem ser registradas de qual forma?
O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que foram diretamente comunicadas pelo paciente.

As diretivas precisam ser registradas em cartório?
Não é necessário, mas pode ser feito caso o paciente deseje.

É possível cancelar o testamento vital?
Sim, desde que o paciente esteja lúcido para fazer isso. Assim sendo, ele deve procurar o médico para manifestar essa mudança, bem como alterar o documento em cartório, caso tenha sido registrado.

É necessário ter testemunhas?
Não. Porém, pode ser feito como forma de segurança.

Quem pode fazer?
Maiores de 18 anos ou emancipados, desde que estejam lúcidos.

Posso eleger um representante que não seja da família?
Sim. Um procurador pode ser qualquer pessoa de confiança.

Meus parentes tem prioridade acima do meu representante legal?
Não. As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos parentes.

Posso solicitar a interrupção de qualquer procedimento?
O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica.




RESOLUÇÃO Nº 1.995, DE 9 DE AGOSTO DE 2012

Dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes.
O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, e
CONSIDERANDO a necessidade, bem como a inexistência de regulamentação sobre diretivas antecipadas de vontade do paciente no contexto da ética médica brasileira
CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar a conduta do médico em face das mesmas;
CONSIDERANDO a atual relevância da questão da autonomia do paciente no contexto da relação médico-paciente, bem como sua interface com as diretivas antecipadas de vontade;
CONSIDERANDO que, na prática profissional, os médicos podem defrontar-se com esta situação de ordem ética ainda não prevista nos atuais dispositivos éticos nacionais;
CONSIDERANDO que os novos recursos tecnológicos permitem a adoção de medidas desproporcionais que prolongam o sofrimento do paciente em estado terminal, sem trazer benefícios, e que essas medidas podem ter sido antecipadamente rejeitadas pelo mesmo;
CONSIDERANDO o decidido em reunião plenária de 9 de agosto de 2012, resolve:

Art. 1º Definir diretivas antecipadas de vontade como o conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade.

Art. 2º Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade.
§ 1º Caso o paciente tenha designado um representante para tal fim, suas informações serão levadas em consideração pelo médico.
§ 2º O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica.
§ 3º As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares.
§ 4º O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que lhes foram diretamente comunicadas pelo paciente.
§ 5º Não sendo conhecidas as diretivas antecipadas de vontade do paciente, nem havendo representante designado, familiares disponíveis ou falta de consenso entre estes, o médico recorrerá ao Comitê de Bioética da instituição, caso exista, ou, na falta deste, à Comissão de Ética Médica do hospital ou ao Conselho Regional e Federal de Medicina para fundamentar sua decisão sobre conflitos éticos, quando entender esta medida necessária e conveniente.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROBERTO LUIZ D'AVILA
Presidente do Conselho

HENRIQUE BATISTA E SILVA
Secretário-geral



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Dia Mundial da Diabetes - 14 de novembro


A Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation - IDF) é uma organização internacional que reúne mais de 200 associações-membro em mais de 160 países, representando mais de 250 milhões de pessoas com diabetes, suas famílias e seus prestadores de cuidados de saúde. A missão da IDF é promover cuidados de diabetes, prevenção e cura em todo o mundo. Suas principais atividades incluem educação para pessoas com diabetes e cuidados profissionais, campanhas de sensibilização e promoção e intercâmbio de informações. É uma organização não-governamental nas relações oficiais com a OMS e a ONU.
Em relação à iniciativa criada pela IDF, ainda que as campanhas temáticas durem todo o ano, a data de 14 novembro foi escolhida devido ao nascimento de Frederick Banting, que junto com Charles Best, foram os cientistas que descobriram a insulina em 1921. O logotipo do Dia Mundial do Diabetes é um círculo azul. Esse símbolo foi criado como parte da campanha de conscientização "Unidos pelo Diabetes” e adotado em 2007 para comemorar a aprovação da Resolução das Nações Unidas sobre o Dia Mundial do Diabetes. O seu significado é incrivelmente positivo. Em muitas culturas, o círculo simboliza a vida e a saúde. A cor azul representa o céu, que une todas as nações e simboliza a comunidade internacional do Diabetes. Os temas mais recentes foram: 

2004: Diabetes e Obesidade; 
2005: Diabetes e Cuidados com os Pés; 
2006: Diabetes entre os Desfavorecidos e os Vulneráveis; 
2007/2008: Diabetes em Crianças e Adolescentes. 

Já o tema do Dia Mundial para o período 2009-2013 é Diabetes: Educar para Prevenir.



A campanha de 2011
Dentro do tema geral, existem várias mensagens a serem trabalhadas no mundo. Foram adotadas cinco mensagens: 
• O diabetes mata uma pessoa a cada 8 segundos 
• O diabetes não discrimina: pode ocorrer em jovens ou idosos; ricos ou pobres; homens ou mulheres 
• O cuidado a vida é um Direito e não um privilégio: educação, medicamentos, tecnologias 
• Escolha a Saúde: Alimente-se bem, mantenha-se ativo e viva saudável 
• O Diabetes não pode mais ser ignorado: 4 milhões de vidas perdidas por ano, 1 milhão de amputações de membros inferiores por ano, milhões perdidos em renda e produtividade.



Público-alvo da Campanha
• Para o público em geral, é uma chamada para compreender o grande impacto do diabetes na vida das pessoas e sensibilizar e conscientizar da necessidade de prevenir-se ou de retardar, sempre que possível o diabetes e suas complicações. 
• Para pessoas com diabetes, o foco da campanha é no sentido de disseminar informações e ferramentas que melhorem o conhecimento sobre o diabetes para que possam entender melhor sua condição, o “viver com diabetes” e prevenir complicações por meio do desenvolvimento de autonomia para o autocuidado. 
• Para os governos e responsáveis pelas políticas públicas, é uma chamada para que compreendam as implicações custo x efetivo para a implementação de estratégias eficazes e políticas de prevenção e de gestão do cuidado adequado e de qualidade para o diabetes. 
• Para os profissionais de saúde, é uma chamada para melhorar e atualizar o conhecimento para que as melhores recomendações e evidencias científicas atuais possam de fato ser postas em prática para o maior número de pessoas.

Ações que serão realizadas em cidades de diversos estados brasileiros:

• Programas de rádio e televisão; 
• Atividades desportivas; 
• Encontros informativos públicos; 
• Campanhas com peças variadas (cartazes, folderes etc.);
• Exposições e oficinas;
• Rodas de imprensa; 
• Artigos em revistas; 
• Iluminação em azul de alguns monumentos; 
• Círculos azuis humanos.

domingo, 19 de agosto de 2012

O Idoso e a Saúde


Autor(es): Cid Pimentel e Sylvain Levy   Pesquisador em saúde pública
Médico-sanitarista e psicanalista da SPB
“Um pai consegue cuidar de 10 filhos.
Dez filhos não conseguem cuidar de um pai.”
Ditado judaico
Os demógrafos dizem que a pirâmide etária do Brasil está mudando. Os políticos e administradores afirmam que a população está envelhecendo e a nossa percepção evidencia que existem muito mais idosos vivendo entre nós. Resultado do progresso das ciências e da medicina, o aumento da longevidade das pessoas não vem se traduzindo em aumento de cuidados com essa faixa da população, que ainda é tratada com condescendência, recebendo benesses, mas não usufruindo dos direitos a que têm direito e que fez por merecer.
Dos 190 milhões de habitantes recenseados pelo IBGE em 2010, cerca de 20,5 milhões têm 60 anos ou mais, constituindo 10,8% da população. A fragilidade desse grupo pode ser demonstrada por alguns números relacionados com a mortalidade por causas externas (acidentes, violências e suicídios). Apesar de serem menos de 11% da população, quase 17% das causas externas de óbito incidem sobre esse grupo. Os acidentes de transporte alcançam 15% do total e, simbolizando tanto a fragilidade como a dificuldade em ministrar cuidados de saúde a essas pessoas (ou, quem sabe, o descaso mesmo), 65% das mortes devidas a complicações da assistência médica e cirúrgica concentram-se nos integrantes dessa faixa etária.
Das 6.363 internações por fratura de fêmur pagas pelo SUS em 2011, 2.872 (45%) ocorreram em pessoas com mais de 60 anos. Alguns podem dizer que é assim mesmo. Que existem situações de vida em que os acidentes e as doenças são mais frequentes. Mas também se pode indagar se não é possível fazer algo a respeito. Não se pode negar que normas são editadas para atender a essa faixa etária, já responsável por mais de 22% do consumo no país (ou seja, seu consumo é o dobro de seu peso populacional).
Leis favorecendo o idoso — como prioridade em filas e em vagas para estacionamento e gratuidade em transporte — existem, mas qual administrador público se preocupa com medidas simples como a altura dos degraus do ônibus e dos meios-fios para facilitar a subida no transporte público? São adotados programas de vacinação para a terceira idade, entretanto os dados disponíveis no site do Datasus, do Ministério da Saúde, apontam que muito ainda deve ser feito para que as pneumonias deixem de ser um problema.
Antes da adoção do programa de imunização, em 2001, ocorreram127.141 mil internações por pneumonia na rede SUS, representando 15,33% do total. Em 2011, já com o programa em execução, as internações subiram para 206.493 mil, 30,7% do total de 829.345 hospitalizações. Nos óbitos, igual fenômeno ocorreu. Em 2000 as pneumonias foram responsáveis por 17.975 mortes, ou 1,23 óbitos por grupo de mil habitantes na faixa etária considerada. Para 2010, esse número quase dobrou, atingindo a cifra de 2,08 óbitos por mil habitantes com mais de 60 anos.
O progressivo e natural desgaste orgânico, que se reflete no aumento da incidência de doenças comuns ao envelhecimento, como as insuficiências cardiorrespiratórias, o diabetes e o câncer — que são assistidos (bem ou mal) pela rede de serviços de saúde — podem ser minorados se uma política e, mais que isso, se um conjunto de atividades de promoção de saúde for considerado pelos governos federal, estaduais e municipais, como de importância para essa população.
Além dos comprometimentos físicos, o isolamento e a solidão são males que afetam profundamente a saúde do idoso e sua qualidade de vida. Maior atenção aos projetos construtivos de móveis e imóveis — tanto dos equipamentos públicos como dos particulares — eliminando quinas e reentrâncias, diminuindo o tamanho e a declividade dos degraus, fixando tapetes e passadeiras, dotando banheiros e escadas de barras de apoio e corrimões são medidas que favorecem a vida dos idosos.
Ao lado da instituição de grupos terapêuticos para diabetes e hipertensão, entre tantos que já são feitos nas redes de assistência à saúde, programas específicos de socialização e entretenimento nas áreas de esporte, artes ou lazer puro e simples podem ser realizados nos centros de saúde já existentes, em escolas, quartéis de bombeiros e da PM ou em praças públicas, utilizando-se os recursos humanos disponíveis. Não se afasta a necessidade de instalação de casas de repouso, abrigos ou asilos ou de adoção de medidas de cunho tributário, como a isenção do pagamento de Imposto de Renda sobre o salário recebido pelos contribuintes com mais de 75 anos.
Nem o envelhecimento precisa ser encarado como doença nem o velho como deficiente, mas como característica do viver, da pessoa e da vida, que pode e deve ser vivida com atenção, cuidados e dignidade. Essas idéias não são novas, apenas precisam ser postas em prática. Como dizia Marx há mais de 150 anos, “os filósofos apenas interpretam o mundo, a tarefa real consiste em modificá-lo”.

As novas combinações de alimentos que fazem bem à saúde


Veja como podemos, utilizando alimentos que fazem parte da nossa rotina mudar um pouco nossa alimentação.

Capa Época 744 (Foto: divulgação)
Houve um tempo em que, se alguém dizia que uma comida era boa, queria dizer que sentia prazer na refeição. Hoje, quando alguém fala em comida boa, em geral quer dizer que faz bem à saúde. Parece que, depois de 2.500 anos, finalmente estamos prestando atenção ao que o grego Hipócrates, pai da medicina, pregava: “Faça do seu alimento seu remédio”. 
E tome alho para resfriado, abacate para a pele, feijão para controlar o nível de ferro... Se você é dessas pessoas (e quem não é?) que vivem prestando atenção aos efeitos dos alimentos que consomem, prepare-se: a lista acaba de crescer. Segundo estudos recentes em culinária e saúde, os alimentos não têm efeito isolado. Eles agem em conjunto. Ingerir dois ingredientes juntos surte efeitos diferentes de consumi-los em separado. Isso porque, em seu corpo, eles interagem. No pior dos casos, fazem você passar mal. No melhor, facilitam a absorção de seus nutrientes e podem ajudar no tratamento de doenças como alergias, insônias e até alguns tipos de câncer. Antes, para comer bem, bastava procurar alimentos saudáveis, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais e carnes com pouca gordura. De preferência, de boa procedência. Agora, os pesquisadores de alimentos afirmam que é preciso pensar em como combinar esses ingredientes.

Três receitas saborosas e saudáveis:

Morango com crème fraîche - restaurante The Living Room (Foto: reprodução/Restaurante The Living Room)
O creme de leite usado para fazer a calda foi substituído por leite integral. A quantidade de bolacha assim como a de crème fraîche foi reduzida, enquanto o número de morangos dobrou. O resultado foi um aumento da quantidade de vitamina C, e redução de 40% do total de gordura da sobremesa.




Medalhão de Lombo de Coelho - restaurante Rouge Tomate (Foto: reprodução/Restaurante Rouge Tomate)
O medalhão é envolto por presunto parma e uma crosta de pão moido com ervas. Ele é acompanhado de purê de maça, vegetais da estação e cogumelos. O prato é composto em sua maior parte por proteínas (49%), e tem pouco carboidrato (15%). As vitaminas E, presente nos cogumelos, e A, presente na maça, são absorvias com a ajuda da gordura do presunto parma.



Salmão ao molho de frutas vermelhas e champagne - restaurante Le Manjue Bistrô   (Foto: reprodução/Restaurante Le Manjue Bistrô)
Peixe grelhado servido ao molho de mirtilo, amora, morango, framboesa, uva e champagne servido com arroz de coco fresco, óleo de coco e castanhas do Pará. O ômega-3 do salmão é um poderoso agente contra o colesterol ruim, mas é altamente oxidante. O óleo de coco, rico em vitamina E, age como um antioxidante, potencializando o efeito do ômega-3.  
  
  



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Teor de Sódio nos Alimentos

Olá!
Conheçam o site da Dra Alessandra Coelho, são apresentadas muitas informações sobre alimentação, e ainda várias tabelas onde demonstram o teor de sódio de vários alimentos. 

Site: http://www.alessandracoelho.com.br/index.html

Tabela Alimentos: http://www.alessandracoelho.com.br/teor-de-sodio.htm

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Estudo mostra que, sozinhas, as crianças não conseguem emagrecer

Carolina Cotta - 
Publicação: 11/06/2012 08:00 Atualização:


Belo Horizonte — Não basta preparar a refeição mais saudável, criar uma verdadeira revolução na lancheira e matricular os pequenos na natação, no futebol, na ginástica artística e no que mais for preciso para queimar calorias. No tratamento da obesidade infantil, é fundamental uma atuação interdisciplinar e uma perspectiva sistêmica em que a criança acima do peso seja vista como parte de um todo. Em outras palavras, o relacionamento entre pais e filhos e a história familiar são determinantes no processo de emagrecimento e devem ser articulados com as questões nutricionais e o processo de mudança de estilo de vida. No recém-lançado livro Obesidade na infância e interações familiares: uma trama complexa (editora Coopmed), a mestre em ciência da saúde e coordenadora do Setor de Psicologia do Hospital São Camilo, em Belo Horizonte, Valéria Tassara, aborda a obesidade na infância ampliando o foco da responsabilidade da própria criança para o contexto das relações parentais e sociais. Fatores biogenéticos, familiares e psicossociais interrelacionados seriam definidores na constituição do problema.

Resultado de sua dissertação de mestrado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o estudo, realizado no Ambulatório de Nutrologia Pediátrica do Hospital das Clínicas, ressalta a importância de construir intervenções em redes cooperativas e solidárias entre as famílias, os profissionais de saúde, as instituições sociais e as políticas públicas para prevenir e tratar o excesso de peso na infância. Segundo a especialista, sozinha, seguindo um regime, a criança não consegue os efeitos necessários do tratamento.