quarta-feira, 13 de junho de 2012

21 de junho 2012 - Ato no Dia Mundial de Luta Contra a ELA


Eventos - 05/06/2012

No próximo dia 21 de junho, o deputado Romário (PSB-RJ) promove um ato para celebrar o Dia Mundial de Luta Contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O evento integra uma série de ações do parlamentar na luta por políticas públicas que atendam pessoas com algum tipo de doença rara. O ato acontece no auditório Freitas Nobre da Câmara dos Deputados, às 9h30, e terá a presença dos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Previdência Social, Garibaldi Alves.

Estima-se que de 6% a 8% da população mundial seja atingida por algum tipo de doença rara, enfermidades que manifestam sintomas crônicos, graves e degenerativos. Embora os números não sejam oficiais, especialistas calculam que só a Esclerose Lateral Amiotrófica afete 350 mil pessoas ao redor do mundo. A ELA causa a perda progressiva dos movimentos do corpo, como braços e pernas, bem como compromete a fala, deglutição e respiração devido à degeneração dos neurônios motores.



Para lançar um pouco de luz sobre o tema, o evento terá palestras sobre pesquisas, medicamentos e legislação. No mesmo dia, também será lançada, pelo deputado Maurício Quintela (PR-AL), a Frente Parlamentar em Defesa das Doenças Raras.
Confira a programação:
Dep. Romário PSB/RJ
Ministro da Saúde – Alexandre Padilha
Ministro da Previdência Social – Garibaldi Alves Filho
Dep. Mara Gabrilli – PSDB/SP
Dep. Maurício Quintela – PR/AL
Antonio Jorge – MOVELA (Movimento em Defesa dos Direitos da Pessoa com ELA)
Palestras
 Pesquisas Pré-Clínica com CT em ELA – Dr. Miguel Mitne Neto - Doutor em Genética pela Universidade de São Paulo, Assessor Científico do Grupo Fleury e Diretor Científico da ABrELA/SP
 As Perspectivas da Dexpramipexole no Tratamento da ELA e as Pesquisas Clínicas com CT Adultas em ELA – Dr. Acary Souza Bulle – Professor Doutor de Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo
 Uso Compassivo de Drogas em Fase Experimental – Laura Gomes Castanheira – Gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia da ANVISA
 Legislar para a ELA – Eliana Aquino – Advogada da ELA

Romário promove ato no Dia Mundial de Luta Contra a ELA

Cientistas criam fígado a partir de células-tronco

08/06/2012 - 18:50
 Japão
Cientistas criam fígado a partir de células-tronco


Procedimento renova esperança de que no futuro será possível desenvolver órgãos artificiais e transplantá-los em pacientes


Cientistas japoneses anunciaram nesta sexta-feira que conseguiram criar um fígado humano a partir de células-tronco. O sucesso do procedimento renova a  esperança de que no futuro seja possível desenvolver órgãos artificiais e transplantá-los em pacientes.


Saiba mais


CÉLULA-TRONCO
Célula capaz de se transformar (se diferenciar) em outra célula ou tecido especializado do corpo. Pode se replicar muitas vezes, diferente de outras células, como as do cérebro ou músculo. 

CÉLULA-TRONCO PLURIPOTENTE INDUZIDA (iPS)
Célula adulta especializada que foi reprogramada geneticamente para o estágio de célula-tronco embrionária. Pode se transformar em qualquer tecido do corpo. Elas são obtidas por meio da reprogramação genética de células adultas. Uma célula somática (não envolvida diretamente na reprodução), como a da pele, pode "voltar" a um estágio similar ao de célula-tronco embrionária pela adição de alguns genes. Esses genes são transportados com a ajuda de vírus.

Uma equipe de cientistas dirigida pelo professor Hideki Taniguchi, da Universidade de Yokohama, transplantou células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) no corpo de um rato. Ali, elas cresceram até se converterem em um pequeno, mas funcional, fígado humano.

Células-tronco são frequentemente retiradas de embriões, que são então descartados, prática que enfrente objeções na comunidade acadêmica e na sociedade. Já as células iPS podem ser extraídas de indivíduos adultos. O resultado alcançado da pesquisa foi divulgado no jornal japonês Yomiuri Shimbun e será apresentado em uma conferência acadêmica que acontecerá no Japão na próxima semana.

Experimento — A equipe do professor Taniguchi transplantou as células iPS na cabeça de um rato para aproveitar o alto fluxo de sangue do cérebro. Depois disso, segundo relatam os cientistas, as células iPS se transformaram em um fígado humano de cinco milímetros, capaz de produzir proteínas humanas e de decompor medicamentos.

O jornal Yomiuri Shimbun divulgou que a descoberta da equipe de Taniguchi é uma "ponte importante entre a pesquisa básica e a aplicação clínica, mas encara vários desafios antes de ser colocada em prática". Taniguchi não quis se pronunciar sobre o assunto antes da apresentação do trabalho no evento científico, que acontecerá na próxima semana.

As células iPS foram descobertas em 2006 por duas equipes distintas, uma dos Estados Unidos e outra do Japão.


(Com Agência France-Presse)
fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cientistas-criam-figado-a-partir-de-celulas-tronco

Estudo mostra que, sozinhas, as crianças não conseguem emagrecer

Carolina Cotta - 
Publicação: 11/06/2012 08:00 Atualização:


Belo Horizonte — Não basta preparar a refeição mais saudável, criar uma verdadeira revolução na lancheira e matricular os pequenos na natação, no futebol, na ginástica artística e no que mais for preciso para queimar calorias. No tratamento da obesidade infantil, é fundamental uma atuação interdisciplinar e uma perspectiva sistêmica em que a criança acima do peso seja vista como parte de um todo. Em outras palavras, o relacionamento entre pais e filhos e a história familiar são determinantes no processo de emagrecimento e devem ser articulados com as questões nutricionais e o processo de mudança de estilo de vida. No recém-lançado livro Obesidade na infância e interações familiares: uma trama complexa (editora Coopmed), a mestre em ciência da saúde e coordenadora do Setor de Psicologia do Hospital São Camilo, em Belo Horizonte, Valéria Tassara, aborda a obesidade na infância ampliando o foco da responsabilidade da própria criança para o contexto das relações parentais e sociais. Fatores biogenéticos, familiares e psicossociais interrelacionados seriam definidores na constituição do problema.

Resultado de sua dissertação de mestrado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o estudo, realizado no Ambulatório de Nutrologia Pediátrica do Hospital das Clínicas, ressalta a importância de construir intervenções em redes cooperativas e solidárias entre as famílias, os profissionais de saúde, as instituições sociais e as políticas públicas para prevenir e tratar o excesso de peso na infância. Segundo a especialista, sozinha, seguindo um regime, a criança não consegue os efeitos necessários do tratamento.

Cientistas identificam células que provocam câncer de colo de útero

11/06/2012 17h45 - Atualizado em 11/06/2012 19h43
Cientistas identificam células que provocam câncer de colo de útero




Descoberta determina o grupo específico de células que o HPV ataca.

Maioria dos casos da doença acontece pela contaminação pelo HPV.

Da France Presse


Cientistas dos Estados Unidos e de Cingapura identificaram as células que provocam o câncer de colo de útero, uma descoberta que pode abrir novas vias para a prevenção e o tratamento desta doença, segundo estudo publicado nesta segunda-feira (11).


Até agora sabia-se que a maioria dos casos de câncer de colo de útero era causada por cepas do papilomavírus humano (HPV), mas agora os pesquisadores determinaram o grupo específico de células que o HPV ataca, segundo estudo publicado nas Atas da Academia Americana Ciências (PNAS, na sigla inglês).



Quando estas células do colo uterino são extraídas, não parecem se regenerar, destacou o estudo feito por cientistas do Hospital Brigham and Women, da Escola de Medicina de Harvard e da Agência de Ciência, Tecnologia e Pesquisa (A-STAR) em Cingapura.

Algumas células do colo do útero podem se tornar cancerosas quando infectadas pelo HPV, e outras não, disse o autor principal do estudo, Christopher Crum, do Hospital Brigham and Women, em Massachusetts, nos Estados Unidos.
Estas células também têm uma expressão genética particular igual à encontrada em tumores agressivos do colo do útero, o que permitiria aos médicos diferenciar lesões benignas de perigosas lesões pré-cancerosas.

"Descobrimos uma pequena população de células que se encontra em uma área específica do colo do útero, que poderia ser responsável pela maioria, se não por todos os cânceres associados ao HPV no colo do útero", disse Crum, que trabalhou com o colega Michael Herfs e com os pesquisadores Wa Xian, da A-STAR, e Frank McKeon, da Escola de Medicina de Harvard.

Estas células ficam perto da entrada do colo do útero, em uma zona de transição entre o útero e a vagina, conhecida como junção escamocolunar.

As descobertas se baseiam em pesquisas prévias do grupo, que identificaram a origem de uma alteração rara e com frequência cancerosa em certas células do esôfago, em uma junção entre o tubo que transporta alimentos e o estômago.

Uma população similar destas células é encontrada no colo do útero, explicou Crum. São os remanescentes da embriogênese, que é o processo de divisão celular e crescimento que ocorre quando o embrião se torna feto.

"Há uma população de células no colo uterino que desaparece durante a vida fetal e é substituída por outro tipo. Descobrimos que um pequeno número destas células não desaparece e permanece ali, quase como pequenas sentinelas de uma idade anterior", disse Crum à AFP.

"Parece que esse grupo particular de células embrionárias remanescentes na junção escamoso-cilíndrica é a população que se infecta, pelo menos na maioria dos casos, em que ocorrem os cânceres e pré-cânceres importantes", acrescentou.

"Durante a vida reprodutiva, são submetidas a mudanças (ou metaplasias), quando se transformam em outros tipos de células, por isso são como espécies de células-tronco", continuou.

Conhecer a biologia destas células e sua localização pode ajudar os médicos a determinar quais lesões pré-cancerosas cervicais (displasias) requerem tratamento, assim como prevenir o câncer por completo mediante a destruição destas células de antemão.

Estudos adicionais serviriam para identificar a existência de populações de células similares em outras áreas do corpo que são afetadas por cânceres relacionados com o HPV, como pênis, vulva, ânus e garganta.

Acredita-se que os subtipos de HPV 16 e 18 sejam responsáveis por cerca de 70% de todos os casos de câncer de colo de útero no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Embora exames regulares tenham diminuído dramaticamente as taxas de mortalidade no Ocidente, o câncer de colo de útero continua sendo uma causa importante de morte nos países em desenvolvimento e se situa como o terceiro câncer mais comum entre mulheres em escala mundial.

A OMS estima em cerca de 530.000 as mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero (ou cervical) a cada ano em todo o mundo. Destas, 275.000 morrem vítimas da doença.


fontes: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/06/cientistas-identificam-celulas-que-provocam-cancer-de-colo-de-utero.html