quarta-feira, 9 de maio de 2012

Usuário de plano de saúde terá número do Cartão SUS

Proposta prevê inscrição do número do Cartão SUS na carteira dos planos de saúde.
Medida vai facilitar ressarcimento por atendimentos na rede pública

Cerca de 30 milhões de usuários de planos de saúde cadastrados pelo Ministério da Saúde terão também o número do Cartão Nacional de Saúde, do SUS. De acordo com proposta do Ministério da Saúde, as operadoras devem, no momento da troca do cartão, adicionar na nova versão tanto o número do plano quanto o do Cartão. O objetivo é facilitar a cobrança por serviços prestados pelo SUS a clientes dos planos de saúde.


"Isso vai permitir a comparação dos dados, tornando mais fácil a cobrança do ressarcimento", disse o ministro da saúde, Alexandre Padilha. O ministro afirmou não haver um prazo para que todos os cartões de planos de saúde estampem também o número de inscrição do cartão nacional de saúde. O número do cartão já é exigido para atendimento de alta complexidade, tanto ambulatorial quanto hospitalar.



Recorde - O governo anunciou nesta terça-feira uma arrecadação recorde de reembolso de planos de saúde. Em 2011, a pasta recebeu 82,8 milhões de reais de ressarcimento de planos de saúde, um valor cinco vezes superior ao que havia sido reembolsado em 2010, 15,42 milhões de reais. "Mudanças no sistema de informação permitiram o avanço", disse Padilha. O ressarcimento recebido ano passado é referente a procedimentos realizados não apenas em 2011, mas também em anos anteriores.



Pela lei, planos de saúde devem reembolsar o Ministério quando seus usuários recebem tratamento no SUS. Operadoras, porém, resistiam em cumprir a determinação. Em 2010, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estimava que operadoras deviam cerca de 400 milhões de reais ao SUS. Além da resistência no pagamento, a ANS durante o período deixou de cobrar pelos procedimentos.



Antes da instalação do sistema eletrônico de cobrança, o tempo médio para o pagamento de ressarcimento ao SUS era de cerca de quatro anos. Além do novo sistema, Padilha disse esperar que o sistema de cobrança das operadoras ganhe reforço com a inscrição de usuários no Cartão Nacional de Saúde. A regra começa a valer a partir de junho, mas não haverá tempo suficiente para a entrega dos números a todos os usuários. De acordo com ministro, pacientes não vão precisar apresentar, no primeiro momento, a inscrição. "A falta do número não pode ser usado como justificativa para recusa no atendimento", afirmou Padilha.

O Cartão Nacional de Saúde possibilita a vinculação dos procedimentos executados no Sistema Único de Saúde (SUS) ao usuário, ao profissional que os realizou e também à unidade de saúde onde foram realizados. Com a nova proposta do Ministério da Saúde, os cartões dos planos de saúde também terão o número do Cartão Nacional de Saúde.
CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE
Fonte: Ministério da Saúde  (Com Agência Estado)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

22,7% dos brasileiros sofrem de hipertensão, diz Ministério da Saúde

Mulheres e idosos são as maiores vítimas; doença atinge mais da metade da população com mais de 55 anos de idade

A hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta brasileira, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Ministério da Saúde. Os dados foram obtidos a partir da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônica) referente a 2011. O levantamento, realizado anualmente pelo Ministério, faz um diagnóstico da saúde do brasileiro por meio de questionários. No ano anterior, a mesma pesquisa revelou que 23,3% dos brasileiros eram hipertensos.
Segundo o estudo, a doença é mais comum entre as mulheres: 25,4% das brasileiras sofrem de hipertensão, enquanto 19,5% dos homens têm a doença. Conforme a idade passa, ela também vai ficando mais frequente. Entre os jovens de 18 a 24 anos, 5,4% são hipertensos. Aos 55 anos, o índice é 10 vezes maior: 50,5%, atingindo mais da metade da população de idosos. Já em maiores de 65 anos, a doença foi observada em 59,7% deles.
A pesquisa do Ministério da Saúde divulgou ainda que o nível de escolaridade também exerce influência sobre o diagnóstico da doença – principalmente entre as mulheres. 34,4% das brasileiras com até oito anos de escolaridade sofrem de hipertensão arterial, enquanto apenas 14,2% das mulheres com nível superior de educação se encontram na mesma condição.

A capital brasileira com o maior número de cidadãos hipertensos é o Rio de Janeiro, com 29,8%, e a menor é Palmas, com 12,9%,
De acordo com o Ministério da Saúde, a hipertensão é caracterizada por pressão arterial igual ou maior que 14 por 9. Não tratada, a doença pode trazer complicações como entupimento de artérias, infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). O fumo, o sedentarismo e dieta rica em sódio e gordura são grandes causadoras da pressão alta.
Sobre o tratamento, o órgão federal anunciou que 6,9 milhões de hipertensos já tiveram acesso a medicamentos gratuitos nas mais de 20 mil farmácias e drogarias privadas credenciadas ao programa Saúde Não Tem Preço, lançado em fevereiro de 2011.
EK

Cientistas tentam provar que emoções positivas fazem bem à saúde

http://g1.globo.com/globo-news/saude/videos/t/todos-os-videos/v/cientistas-tentam-provar-que-emocoes-positivas-fazem-bem-a-saude/1813174/

Letícia Spiller é o novo rosto de campanha contra o câncer



7 DE MAIO DE 2012 | 17:30 |


Letícia Spiller - novo rosto da campanha contra o câncer /Foto: Reprodução
Letícia Spiller é o novo rosto da campanha O Câncer de mama no Alvo da Moda. Clicada por Gui Paganini para o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), a sessão de fotos aconteceu no estúdio do fotógrafo Bob Wolfenson, em São Paulo. “Para mim está sendo uma emoção grandiosa fazer parte da família de artistas que apoiam a causa”, disse a atriz, que como Thaila Ayala, Marina Ruy Barbosa e Deborah Secco, doou seu cachê para a campanha.
fonte: http://colunas.revistaepoca.globo.com/brunoastuto/2012/05/07/leticia-spiller-e-o-novo-rosto-de-campanha-contra-o-cancer/ 
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Sites Interessantes

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm 

http://www.deficienteciente.com.br
www.planalto.gov.br
www.cultura.gov.br
http://falandosobreela.blogspot.com.br/


Rotina de mulheres tetraplégicas

A matéria a seguir foi extraída da Revista ISTO É Independente.
Por Paula Rocha
Como é a rotina de mulheres tetraplégicas que, contrariando tabus e preconceitos, optaram por alegrias e desafios da maternidade
Flávia Cintra, 39 anos, mãe dos gêmeos Mariana e Mateus, 5 anos (Foto: Reprodução)
Flávia Cintra, 39 anos, mãe dos gêmeos Mariana e Mateus, 5 anos (Foto: Reprodução)
Assim como muitas mulheres, a jornalista Flávia Cintra, 39 anos, tem uma agenda atribulada. Ela se divide entre dois empregos (é repórter do programa “Fantástico”, da Rede Globo, e também dá palestras em empresas), cuida da casa, arruma tempo para encontrar o namorado e ainda faz questão de buscar, todos os dias, os filhos gêmeos Mariana e Mateus, 5 anos, na escola. A rotina dessa paulistana típica pode ser considerada banal, exceto por um detalhe: Flávia é tetraplégica. Ferida gravemente em um acidente de carro em 1991, quando tinha 18 anos, a então jovem estudante perdeu os movimentos do pescoço para baixo por causa de uma lesão em sua coluna cervical. Após meses de fisioterapia, no entanto, acabou recuperando o domínio dos braços e hoje, apesar das limitações de locomoção, consegue levar uma vida muito ativa. “Lido com todos os desafios de uma mãe moderna. Ser cadeirante é apenas mais um”, diz Flávia.
A admirável história dessa tetramãe é contada no livro “Maria de Rodas – Delícias e Desafios na Maternidade de Mulheres Cadeirantes” (Editora Scortecci), que chega às livrarias nos próximos dias. Na obra, Flávia e outras mulheres com mobilidade reduzida contam como superaram tabus e preconceitos para realizar o desejo da maternidade. “É importante mostrar para as cadeirantes que é possível, sim, ser mãe”, diz Flávia, uma militante da causa. “Minha deficiência não interfere no meu papel de mãe, porque ser mãe não é uma condição física.” Separada, no dia a dia, Flávia acompanha as crianças em várias tarefas, e conta com a ajuda de duas assistentes em atividades que exigem mais mobilidade, como dar banho. Muitas pessoas, porém, perpetuam a errônea crença de que uma mulher tetraplégica não teria condições de criar uma criança. “Quando eu estava grávida, muita gente me olhava com espanto na rua, como se fosse um crime uma tetraplégica engravidar”, lembra Flávia.
Juliana Oliveira, 36 anos, mãe de Isa,  2 anos, e de Lis, 2 meses (Foto: Reprodução)
Juliana Oliveira, 36 anos, mãe de Isa, 2 anos, e de Lis, 2 meses (Foto: Reprodução)
Essas reações de assombro e desaprovação são bem conhecidas da publicitária carioca Juliana Oliveira, 36 anos. Tetraplégica desde os 22, quando sofreu um acidente de carro, ela decidiu ser mãe há três anos e logo que parou com o anticoncepcional engravidou naturalmente de Isa, que hoje tem 2 anos de idade. “Ter minha filha foi tão bom que, assim que ela nasceu, eu e meu marido já pensávamos em ter outro filho”, diz Juliana. A segunda gestação veio em 2011, e trouxe ao mundo a pequena Lis, de 2 meses. Apesar da alegria pela dupla maternidade, Juliana teve que lidar com comentários desagradáveis de desconhecidos e até mesmo de familiares. “Tem gente que me chama de louca porque escolhi ser mãe duas vezes, mas isso nunca me abalou”, diz Juliana, que tem uma rotina tão repleta de afazeres quanto Flávia. Funcionária pública e apresentadora de um programa sobre inclusão na TV Brasil, ela ainda coordena a casa, cuida das crianças e gosta de frequentar bares e a praia. “Mas conto com a ajuda do marido e de uma funcionária, claro.”
Do ponto de vista médico, a gravidez de uma tetramãe não é muito diferente da de uma mulher sem deficiência. “Só é preciso ter cuidado extra com a circulação, porque elas têm mais chance de desenvolver trombose, e com a bexiga, para evitar infecções urinárias”, diz Miriam Waligora, obstetra do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Pelo fato de partos de gestantes tetraplégicas serem tão raros, porém, a maioria dos médicos não sabe como lidar com essas pacientes. Na sociedade o desconhecimento é ainda maior. “Existe um mito de que as pessoas com deficiência são assexuadas, como se a limitação motora representasse necessariamente uma disfunção sexual”, diz Ana Claudia Bortolozzi Maia, professora-doutora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e autora do livro “Inclusão e Sexualidade na Voz de Pessoas com Deficiência Física” (Editora Juruá). “O que a maioria da população não sabe é que os cadeirantes muitas vezes mantêm a sensibilidade e podem ter uma vida sexual plenamente satisfatória”, diz. No caso de Flávia e Juliana, além de desfrutar de uma rica vida amorosa e sexual, as duas optaram por aproveitar também as delícias da maternidade. “Antes de ser mãe, eu era viciada em trabalho. Hoje minha prioridade é a Mariana e o Mateus”, resume Flávia.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mamografia é fundamental para detectar o câncer de mama precocemente

Saiba mais: http://globotv.globo.com/rede-globo/bem-estar/v/mamografia-e-fundamental-para-detectar-o-cancer-de-mama-precocemente/1884735/

Excesso de ácido úrico pode causar gota, pedra no rim e hipertensão

24/02/2012 10h29 - Atualizado em 27/02/2012 16h06


Alimentação rica em proteínas aumenta chances de acúmulo de substância.
Ao se cristalizar, composto também dá artrite e problemas cardiovasculares.

Bater fruta com leite no liquidificador ajuda a garantir vitaminas A, B, C e D.

01/05/2012 10h32 - Atualizado em 02/05/2012 13h54

Preparo pode corresponder a uma refeição em termos nutricionais.
Confira quatro receitas para você tomar no café da manhã ou no lanche.

Câmara aprova criminalização da exigência de cheque caução em hospital

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
02/05/2012 - 18h29


Condicionar atendimento médico-hospitalar emergencial a qualquer garantia, como o cheque caução, está mais perto de se tornar crime.

A Câmara aprovou nesta quarta-feira projeto de lei que estabelece detenção de três meses a um ano, além de multa, para o estabelecimento médico-hospitalar que exigir cheque caução, nota promissória ou qualquer outra garantia para realizar o atendimento de emergência.
Também fica proibido determinar preenchimento de formulários administrativos antes do socorro. As medidas valem para hospitais públicos e privados. A proposta, que muda o Código Penal, segue para análise do Senado.

Pela proposta, a pena será aumentada até o dobro se a recusa ao atendimento resultar lesão corporal de natureza grave, e até o triplo, se provocar a morte. Os hospitais também terão que exibir cartazes informando que é crime exigir garantias para prestar serviços de emergência.
Atualmente, a cobrança do cheque caução já pode ser questionada com base no crime de omissão de socorro, mas a nova redação dará mais segurança aos pacientes, além de prever punições mais duras aos hospitais que insistirem na cobrança de garantias.

O projeto foi encaminhado ao Congresso pelo Executivo após a morte de Duvanier Ferreira, secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, que sofreu um infarto. Ele procurou dois hospitais particulares de Brasília, mas não portava talão de cheque nem a carteira do plano de saúde e, diz a família, teve atendimento negado.

Diante do falecimento do assessor, a presidente Dilma Rousseff determinou que o governo tratasse de evitar novas vítimas por omissão. Se for aprovado, o projeto deve ser chamado de "Lei Duvanier".
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1084624-camara-aprova-criminalizacao-da-exigencia-de-cheque-caucao-em-hospital.shtml

Inglesa descobre que "alergia a maquiagem" era um tumor no nariz.

02/05/2012 15h30 - Atualizado em 02/05/2012 15h51
Tasha Jilka precisou de cirurgia para remover neuroblastoma olfatório.Médicos demoraram vários meses para descobrir tipo raro de câncer.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O Câncer no Brasil. Estimativa para 2012

Estimativa do número de novos casos em 2012



Obs.: Para ver os números da região clique sobre a região.

Vida, luta, vitória...

Edição do dia 09/03/2012
09/03/2012 23h08 - Atualizado em 13/03/2012 18h32
Faxineira junta dinheiro e compra apartamento de frente para o mar
Com um bom humor e muita disposição, Rita construiu um patrimônio de dar inveja. Ela comprou um apartamento de 155 metros quadrados.



http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2012/03/faxineira-junta-dinheiro-e-compra-apartamento-de-frente-para-o-mar.html


Colesterol doença de adulto ou de criança ?

Edição do dia 20/04/2012
20/04/2012 23h24 - Atualizado em 24/04/2012 15h51
Pai e fillhos lutam juntos para tentar baixar o colesterol
Família mudou os hábitos desde 2008, quando o filho de 8 anos fez os primeiros exames, que revelou o colesterol acima de 200.



http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2012/04/pai-e-fillhos-lutam-juntos-para-tentar-abaixar-o-colesterol.html

Um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos





Fabíola Ortiz
Do UOL, no Rio de Janeiro
Há três anos o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de consumo de agrotóxicos no mundo. Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado pelos agrotóxicos, segundo alerta feito pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em dossiê lançado durante o primeiro congresso mundial de nutrição que ocorre no Rio de Janeiro, o World Nutrition Rio 2012, que termina nesta terça-feira (1º).

O documento destaca que, enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o brasileiro aumentou 190%. Em 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e assumiu o posto liderança, representando uma fatia de quase 20% do consumo mundial de agrotóxicos e movimentando, só em 2010, cerca de US$ 7,3 bilhões - mais que os EUA e a Europa.

A primeira parte do dossiê da Abrasco  faz um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde e na segurança alimentar. A segunda parte, com enfoque no desenvolvimento e no meio ambiente, terá seu lançamento durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e na Cúpula dos Povos na Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro.

Segundo um dos coordenadores do estudo, Fernando Carneiro, chefe do departamento de Saúde Coletiva da UnB (Universidade de Brasília), “o dossiê é uma síntese de evidências científicas e recomendações políticas”.
“A grande mensagem do dossiê  é que o Brasil conquistou o patamar de maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Queremos vincular a ciência à tomada de decisão política”, disse Carneiro ao UOL.
Soja é o que mais demanda agrotóxico
Segundo dados da Anvisa e da UFPR compilados pelo dossiê, na última safra (2º semestre de 2010 e o 1º semestre de 2011), o mercado nacional de venda de agrotóxicos movimentou 936 mil toneladas de produtos, sendo e 246 mil toneladas importadas.
Em 2011 houve um aumento de 16% no consumo que alcançou uma receita de US$ 8,5 bilhões. As lavouras de soja, milho, algodão e cana-de-açucar representam juntas 80% do total das vendas do setor.
Na safra de 2011 no Brasil, foram plantados 71 milhões de hectares de lavoura temporária (soja, milho, cana, algodão) e permanente (café, cítricos, frutas, eucaliptos), o que corresponde a cerca de 853 milhões de litros de agrotóxicos pulverizados nessas lavouras, principalmente de herbicidas, fungicidas e inseticidas. O consumo em média por hectare nas lavouras é de 12 litros por hectare e exposição média ambiental de 4,5 litros de agrotóxicos por habitante, segundo o IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o dossiê, a soja foi o cultivo que mais demandou agrotóxico - 40% do volume total de herbicidas, inseticidas, fungicidas e acaricidas. Em segundo lugar no ranking de consumo está o milho com 15%, a cana e o algodão com 10%, depois os cítricos com 7%, e o café, trigo e arroz com 3% cada.
Maior concentração em hortaliças
Já para a produção de hortaliças, em 2008, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), o consumo de fungicidas atingiu uma área potencial de aproximadamente 800 mil hectares, contra 21 milhões de hectares somente na cultura da soja.
“Isso revela um quadro preocupante de concentração no uso de ingrediente ativo de 22 fungicidas por área plantada em hortaliças no Brasil, podendo chegar entre 8 a 16 vezes mais agrotóxico por hectare do que o utilizado na cultura da soja, por exemplo”, alerta o dossiê.
Numa comparação simples, o estudo estima que a concentração de uso de ingrediente ativo de fungicida em soja no Brasil, no ano de 2008, foi de 0,5 litro por hectare, bem inferior à estimativa de quatro a oito litros por hectare em hortaliças, em média. “Pode-se constatar que cerca de 20% da comercialização de ingrediente ativo de fungicida no Brasil é destinada ao uso em hortaliças”, destaca o estudo da Abrasco.
Riscos para a saúde
O dossiê revela ainda evidências científicas relacionadas aos riscos para a saúde humana da exposição aos agrotóxicos por ingestão de alimentos. Segundo Fernando Carneiro, o consumo prolongado de alimentos contaminados por agrotóxico ao longo de 20 anos pode provocar doenças como câncer, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.
Um fato alarmante foi a constatação de contaminação de agrotóxico no leite materno, afirmou. Para o cientista, não se sabe ainda ao certo as consequências para um recém-nascido ou um bebê que está em fase inicial de formação. “Uma criança é altamente vulnerável para esses compostos químicos. Isso é uma questão ética, se vamos nos acostumar com o nível de contaminação do agrotóxico”, criticou.
Parte dos agrotóxicos utilizados tem a capacidade de se dispersar no ambiente, e outra parte pode se acumular no organismo humano, inclusive no leite materno, informa o relatório. “O leite contaminado ao ser consumido pelos recém-nascidos pode provocar agravos a saúde, pois os mesmos são mais vulneráveis à exposição a agentes químicos presentes no ambiente, por suas características fisiológicas e por se alimentar, quase exclusivamente, com o leite materno até os seis meses”, destaca o estudo.
Recomendações
O dossiê da Abrasco formula 10 princípios e recomendações para evitar e reduzir o consumo de agrotóxicos nos cultivos e na alimentação do brasileiro. Carneiro defende a necessidade de se realizar uma “revolução alimentar e ecológica”.
Segundo o IBGE, cerca de 70 milhões de brasileiros vivem em estado de insegurança alimentar e nutricional, sendo que  90% desta população consume frutas, verduras e legumes abaixo da quantidade recomendada para uma alimentação saudável. A superação deste problema, de acordo com o dossiê, é o desenvolvimento do modelo de produção agroecológica.
Carneiro e sua equipe composta por seis pesquisadores defendem a ampliação de fontes de financiamento para pesquisas, assim como a implantação de uma Política Nacional de Agroecologia em detrimento ao financiamento público do agronegócio e o fortalecimento das políticas de aquisição de alimentos produzidos sem agrotóxicos para a alimentação escolar – atualmente a lei prevê 30% deste consumo nas escolas.
Além disso, o documento defende a proibição de agrotóxicos já banidos em outros países e que apresentam graves riscos à saúde humana e ao ambiente assim como proibir a pulverização aérea de agrotóxicos.
O cientista defende ainda a suspensão de isenções de ICMS, PIS/PASEP, COFINS e IPI concedidas aos agrotóxicos. “A tendência no Brasil é liberalizar ainda mais o uso de agrotóxico, só no Congresso Nacional existem mais de 40 projetos de lei neste sentido. Nós estamos pagando para ser envenenados”, criticou Carneiro.


Ministério da Saúde vai investir R$ 505 milhões para ampliar acesso à radioterapia

19/04/2012 - Ministério da Saúde vai investir R$ 505 milhões para ampliar acesso à radioterapia

O Ministério da Saúde vai investir cerca de R$ 505 milhões na rede de unidades oncológicas do Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito na quarta-feira,18, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Os recursos vão ser aplicados em infraestrutura (R$ 325 milhões) e na compra de aceleradores lineares, equipamentos de alta tecnologia usados em radioterapia, além de outros acessórios (R$ 180 milhões).Serão adquiridos 80 aceleradores no período de cinco anos, o que vai expandir o acesso para mais 28.800 pacientes, anualmente.
Padilha destacou a importância do investimento em tecnologia na área oncológica. “A assistência aos pacientes de câncer é uma das prioridades do governo federal. Neste âmbito, são medidas essenciais a criação, a ampliação e a qualificação de hospitais habilitados em oncologia, em consonância com os vazios assistenciais, as demandas regionais de assistência oncológica e as necessidades tecnológicas do SUS”, declarou.

O secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, explicou que o investimento faz parte um plano mais amplo de fortalecimento das ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer. “Foram priorizados os cânceres de mama e do colo do útero, buscando ampliar o acesso a exames preventivos e ao tratamento de lesões precursoras e iniciais. E a radioterapia é uma importante modalidade de tratamento desses dois tipos prioritários de câncer.”

Em 2012 são esperados 260 mil casos de câncer em mulheres – 27% de mama (52.680) e do colo do útero (17.540), respectivamente o segundo e o terceiro tipos de câncer que mais atingem a mulher brasileira.

As obras de infraestrutura e os equipamentos financiados pelo Ministério da Saúde serão destinados a ampliar tecnologicamente 32 unidades oncológicas que já oferecem radioterapia, e criar outros 48 serviços novos.

Atualmente, 135 dos 269 hospitais habilitados na alta complexidade em oncologia no SUS contam com serviços de radioterapia de diferentes portes, e, juntamente com outros 13 serviços que atuam fora de hospitais, correspondem a 75% de todos os serviços da área existentes no País. A compra dos equipamentos vai aumentar a capacidade de atendimento do SUS em 20%, alcançando quase 100% da demanda nacional.

Brasil terá fábrica de aceleradores lineares - Serão adquiridos pelo ministério 80 aceleradores lineares. A produção nacional só será possível com a futura instalação de uma fábrica de equipamentos de radioterapia no Brasil, negociada entre o governo brasileiro e uma empresa produtora.

A previsão é que a fábrica esteja em atividade em 2015. Sua atuação vai facilitar, ainda, a manutenção dos aceleradores lineares, que, atualmente, precisam ser enviados anualmente ao exterior para este fim.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha, disse que ter uma fábrica de aceleradores lineares no País vai facilitar a compra e a distribuição de mais unidades do produto futuramente, reduzindo a dependência do SUS de importações.

Transferência de tecnologia na produção de medicamentos - Sete laboratórios públicos e privados firmaram parceria de transferência de tecnologia para a produção nacional do medicamento mesilato de imatinibe, usado no tratamento de leucemia mieloide crônica. O acordo é mais uma das ações promovidas pelo governo federal no sentido de tornar o País autossuficiente em produtos essenciais à saúde da população.

O acordo prevê a transferência de tecnologia aos laboratórios públicos Farmanguinhos e Instituto Vital Brazil, que vão passar a produzir o medicamento a partir do segundo ano de execução do acordo, atingindo o pico de produtividade e autossuficiência em até quatro anos. Os laboratórios privados que vão transferir a tecnologia são Cristália, EMS, Laborvida, Globe Química e Alfa Rio, todos nacionais.

A produção nacional do mesilato de imatinibe vai beneficiar os mais de 7 mil brasileiros portadores de leucemia mieloide crônica – mais de 6 mil recebendo tratamento na rede pública. Esta iniciativa vai gerar uma economia de cerca de R$ 70 milhões/ano para o SUS – apenas em 2011, o MS gastou em torno de R$ 200 milhões com a compra deste produto. No varejo, um único comprimido pode custar de R$ 90 e R$ 370.

Redefac – Outra ação da área oncológica lançada pelo Ministério da Saúde, em outubro passado, é a Rede Nacional de Desenvolvimento e Inovação de Fármacos Anticâncer (Redefac), destinada a estimular a produção nacional de tecnologias terapêuticas inovadoras na área, diminuir a dependência do mercado externo e elevar a competitividade da indústria brasileira.

O MS inicialmente está investindo R$ 1 milhão para estruturar a rede, que vai ser administrada pelo INCA e composta por grupos de pesquisa e desenvolvimento ligados a instituições públicas brasileiras, tais como Fiocruz, BNDES, Laboratório Nacional de Biociências e Finep. O BNDES também analisa fazer um investimento adicional para esta fase de estruturação.
A iniciativa representa a entrada do Brasil na produção de tratamentos inovadores para o câncer, em especial os anticorpos monoclonais. O objetivo principal é facilitar o acesso da população ao que há de mais moderno em saúde, com o melhor custo-benefício.

Programa lançado para fortalecer indústria do setor Saúde - Também foi anunciado o lançamento do Programa de Investimento no Complexo Industrial da Saúde (Procis), que prevê medidas voltadas ao fortalecimento da indústria de medicamentos, insumos e equipamentos. Instituído oficialmente no último dia 22 de março pela Portaria 506, o programa vai investir R$ 2 bilhões em produção e desenvolvimento até 2014, sendo R$ 1 bilhão do governo federal e R$ 1 bilhão referente a contrapartidas de governo estaduais.

Só este ano, o MS investirá cerca de R$ 270 milhões em infraestrutura e qualificação de mão de obra de 18 laboratórios públicos – o valor é seis vezes maior do que o investimento médio nos últimos 12 anos (R$ 42 milhões). Entre 2000 e 2011, o investimento total do governo foi de R$ 512 milhões.

Serão ampliadas, ainda, as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), com transferência de tecnologia entre laboratórios privados e públicos. Deverão ser consolidadas, ainda este ano, nove novas PDPs, e, nos próximos quatro anos, outras 20.

Esses acordos abrangem a fabricação de produtos biológicos (para artrite reumatoide, doenças genéticas e oncológicos), medicamentos para as chamadas “doenças negligenciadas” (que geralmente atingem populações de países menos desenvolvidos e despertam pouco interesse da indústria farmacêutica) e equipamentos, principalmente na área de órteses e próteses.

As parcerias envolvem 37 laboratórios, 12 públicos e 25 privados nacionais e estrangeiros. A produção de sete medicamentos já começou.

As profissões e o câncer

Pelo menos, 19 tipos de tumor – entre eles os de pulmão, pele, fígado, laringe, bexiga e leucemias – estão relacionados à ocupação e ao ambiente de trabalho. E trabalhadores de algumas profissões, como as de cabeleireiro, piloto de avião, comissário de bordo, farmacêutico, químico e enfermeiro, são muito mais propensos ao desenvolvimento desses tumores


Tumores de pulmão, pele, fígado, laringe, bexiga e leucemias, entre 
outros, estão relacionados à ocupação e ao ambiente de trabalho


Saiba mais: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/16305a004aee4bbb8f17df0a0f96b963/vigilancia_rc17.pdf?MOD=AJPERES