Temas abordados serão aqueles que fazem parte do nosso cotidiano. Saúde, doenças, tratamentos, alegrias, remédios, pesquisas, cinema, música, políticas públicas e etc.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
Como o governo deixou estragar 55 mil bolsas de sangue
Descaso, incompetência administrativa e suspeita de um novo esquema de corrupção fizeram com que o Ministério da Saúde não desse uso a 13,7 mil litros de plasma sanguíneo avaliados em US$ 1,6 milhão
http://www.istoe.com.br/reportagens/234306_COMO+O+GOVERNO+DEIXOU+ESTRAGAR+55+MIL+BOLSAS+DE+SANGUE
ANS: Planos devem dar remédios a pacientes crônicos
CLARISSA THOMÉ - Agência Estado
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai incentivar os planos de saúde a fornecer medicamentos para pacientes crônicos. A intenção da medida é garantir o tratamento para as doenças que mais atingem a população, como diabetes, asma brônquica e hipertensão, e evitar agravamentos provocados pela falta dos remédios ou pela interrupção da medicação. As operadoras poderão repassar os custos para as mensalidades.
Além de oferecer medicamentos, a agência quer criar mecanismo de acompanhamento do paciente depois de intercorrência ou internação. "É preciso fazer com que pessoa tome a medicação de maneira correta. É uma medida extremamente eficaz para diminuir complicações e para que tenham vida mais longa e com mais saúde", explica Martha Oliveira, gerente geral de Regulação Assistencial da ANS.
A ANS anunciou nesta quarta-feira a abertura de consulta pública a fim de receber propostas para o novo benefício. Por lei, a agência não pode obrigar os planos a oferecerem medicamento domiciliar. A intenção é incentivar a adoção da prática pelos planos de saúde - o que pode ser feito por incentivo financeiro e não financeiro. A proposta não foi detalhada pela ANS.
Os planos individuais teriam de oferecer ao menos medicamentos para seis doenças - diabetes, asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC, hipertensão, insuficiência coronariana e insuficiência cardíaca congestiva. Já para os planos coletivos vale a livre negociação.
Durante 30 dias, entre 4 de setembro a 3 de outubro, a agência recebe sugestões para a consulta pública. O site é www. ans.gov.br, em "Participação da Sociedade/Consulta Pública".
Planos
A Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa 15 grupos empresariais, responsáveis por 36,6% dos beneficiários, lembrou em nota que "o oferecimento e formatação desse produto é uma decisão estratégia e comercial de cada empresa".
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,ans-planos-devem-dar-remedios-a-pacientes-cronicos,923284,0.htm
Paciente poderá registrar quais procedimentos médicos quer no fim da vida
Confira abaixo os principais pontos da resolução:
As diretivas antecipadas de vontade devem ser registradas de qual forma?
O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que foram diretamente comunicadas pelo paciente.
As diretivas precisam ser registradas em cartório?
Não é necessário, mas pode ser feito caso o paciente deseje.
É possível cancelar o testamento vital?
Sim, desde que o paciente esteja lúcido para fazer isso. Assim sendo, ele deve procurar o médico para manifestar essa mudança, bem como alterar o documento em cartório, caso tenha sido registrado.
É necessário ter testemunhas?
Não. Porém, pode ser feito como forma de segurança.
Quem pode fazer?
Maiores de 18 anos ou emancipados, desde que estejam lúcidos.
Posso eleger um representante que não seja da família?
Sim. Um procurador pode ser qualquer pessoa de confiança.
Meus parentes tem prioridade acima do meu representante legal?
Não. As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos parentes.
Posso solicitar a interrupção de qualquer procedimento?
O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica.
RESOLUÇÃO Nº 1.995, DE 9 DE AGOSTO DE 2012
Dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes.
O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, e
CONSIDERANDO a necessidade, bem como a inexistência de regulamentação sobre diretivas antecipadas de vontade do paciente no contexto da ética médica brasileira
CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar a conduta do médico em face das mesmas;
CONSIDERANDO a atual relevância da questão da autonomia do paciente no contexto da relação médico-paciente, bem como sua interface com as diretivas antecipadas de vontade;
CONSIDERANDO que, na prática profissional, os médicos podem defrontar-se com esta situação de ordem ética ainda não prevista nos atuais dispositivos éticos nacionais;
CONSIDERANDO que os novos recursos tecnológicos permitem a adoção de medidas desproporcionais que prolongam o sofrimento do paciente em estado terminal, sem trazer benefícios, e que essas medidas podem ter sido antecipadamente rejeitadas pelo mesmo;
CONSIDERANDO o decidido em reunião plenária de 9 de agosto de 2012, resolve:
Art. 1º Definir diretivas antecipadas de vontade como o conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade.
Art. 2º Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade.
§ 1º Caso o paciente tenha designado um representante para tal fim, suas informações serão levadas em consideração pelo médico.
§ 2º O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica.
§ 3º As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares.
§ 4º O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que lhes foram diretamente comunicadas pelo paciente.
§ 5º Não sendo conhecidas as diretivas antecipadas de vontade do paciente, nem havendo representante designado, familiares disponíveis ou falta de consenso entre estes, o médico recorrerá ao Comitê de Bioética da instituição, caso exista, ou, na falta deste, à Comissão de Ética Médica do hospital ou ao Conselho Regional e Federal de Medicina para fundamentar sua decisão sobre conflitos éticos, quando entender esta medida necessária e conveniente.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
ROBERTO LUIZ D'AVILA
Presidente do Conselho
HENRIQUE BATISTA E SILVA
Secretário-geral
Falando sobre o câncer do intestino
Livro elaborado pelo INCA, excelente material para todos que tenham interesse em conhecer os fatores de risco e proteção contra o câncer.
Alimentação (frutas, verdura e legumes) e atividade física entre os maiores aliados na proteção.
http://www1.inca.gov.br/publicacoes/Falando_sobre_Cancer_de_Intestino.pdf
Políticas de Ações para a Prevenção do Câncer no Brasil
Alimentação, Nutrição e Atividade Física.
Vale o tempo investido na leitura, ainda que não seja completa, mas verificar os pontos mais importantes, fazer uma busca por palavras.
http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/publicacoes/politicas_acoes_prevencao_cancer_no_brasil.pdf
Vale o tempo investido na leitura, ainda que não seja completa, mas verificar os pontos mais importantes, fazer uma busca por palavras.
http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/publicacoes/politicas_acoes_prevencao_cancer_no_brasil.pdf
Direitos Sociais da Pessoa com Câncer. Ed. 2011
O livreto foi elaborado pelo INCA, logo as informações regionais se referem ao Rio de Janeiro, mas podem ser verificadas na sua cidade o que existe de legislação a respeito dos seus direitos.
Usar muito salto alto pode causar problemas nos pés, joelhos e coluna
31/08/2012 10h28 - Atualizado em 31/08/2012 14h05
Apesar do risco existir, não significa que todas as mulheres terão.
A dica dos especialistas é reduzir o uso e variar os tipos de sapatos.
Saiba mais, entre no site assista aos vídeos.
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/08/usar-muito-salto-alto-pode-causar-problemas-nos-pes-joelhos-e-coluna.html
Nutricionista descobre que bacaba pode prevenir desenvolvimento de doenças crônicas
Dieta de Tocantins ganha superfruta
OCIMARA BALMANT - O Estado de S.Paulo
A nutricionista Fernanda Abadia Finco tinha acabado de defender sua dissertação de mestrado quando decidiu prestar o concurso público que selecionaria os 400 primeiros professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Ela fez as avaliações, foi aprovada e, em 2003, mudou-se com os pais do Rio de Janeiro para Palmas.
"Aos 25 anos você não pensa muito, não é", brinca ela, hoje com 34 e prestes a defender, na Alemanha, sua tese de doutorado que acaba de receber o prêmio da Fundação Bunge que reconhece o trabalho de jovens de até 35 anos na área de segurança alimentar e nutricional.
Na mudança para o Tocantins, há 9 anos, ela levava o fascínio de se dedicar à pesquisa e o sonho do pai, que achou o Estado um bom local para se dedicar à apicultura. Ele era fanático pela criação de abelhas e extração de mel.
A união dos dois fatores delineou sua nova trajetória. Na recém-inaugurada UFT, Fernanda começou a dar aulas para o curso de Engenharia de Alimentos e a orientar pesquisas de iniciação científica sobre segurança alimentar. Ao mesmo tempo, nas viagens com o pai apicultor, ela conheceu associações rurais e a biodiversidade da região.
"Foi um conhecimento teórico e prático que me fascinou. Tanto eu conversava com os apicultores, como lecionava num ambiente acadêmico novo, cheio de vigor e muito engajado nas questões ambientais até mesmo pela localização do Tocantins na chamada Amazônia Legal."
Nesse desbravamento, no entanto, a nutricionista percebeu que, mesmo nas comunidades residentes na zona rural e dependentes economicamente da agricultura, a dieta passava longe daquela considerada adequada, com o consumo de frutas, verduras e legumes. "Quase não há hortas. O prato de comida, via de regra, é composto de arroz, feijão e um pouco de carne. Tudo muito gorduroso."
O resultado, óbvio, era o aparente excesso de peso. Uma mostra clara da transição nutricional pela qual o País passa. "Saímos da desnutrição para o sobrepeso e a obesidade, e a população não está consciente de que isso também é um problema de saúde."
Nesse cenário instigante e desafiador, a primeira parada de Fernanda foi no Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, da qual foi membro entre 2004 e 2006. Ao perceber que o Estado não possuía dados sobre os benefícios dos produtos de sua própria biodiversidade, nasceu seu projeto de doutorado: mostrar como melhorar os indicadores nutricionais com a utilização de frutos regionais.
Pesquisa. Para desenvolver sua tese, Fernanda escolheu a Universidade de Hohenheim, em Stuttgart, na Alemanha. "É a melhor em Ciências Agrárias de lá e uma instituição extremamente internacional." Mas o objeto da pesquisa, claro, continuou muito brasileiro.
Nos dois primeiros anos, 2007 e 2008, o trabalho de campo foi feito com 57 famílias de duas comunidades rurais da Área de Proteção Ambiental (APA) Cantão, região de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica. "Visitei todas as casas e entrevistei as famílias para conhecer as práticas alimentares, o nível de atividade física e entender as condições econômicas."
Com os adultos das comunidades, ela também calculou o Índice de Massa Corporal (IMC). O resultado mostrou que 53,7% daquela população apresentava sobrepeso ou obesidade, um porcentual maior do que a média nacional, de 40%. Além disso, muitos tinham carência de micronutrientes, a chamada fome oculta.
Conversa vai, conversa vem, os habitantes lhe contaram que, apesar de não fazer parte da dieta deles, um dos frutos mais típicos dali era a bacaba. "Eles sabiam que era importante até pelo extrativismo para comércio, mas não consumiam."
Pronto. Estava posta uma nova inquietação para a segunda fase de sua pesquisa: Fernanda voltou à Alemanha e, com base em estudos químicos e bioquímicos, descobriu os potenciais desse fruto que nasce em uma palmeira da região. Os benefícios vão do poder antioxidante à possibilidade de uso no tratamento de câncer. "Não significa cura, mas norteia futuras pesquisas sobre de que forma a bacaba pode modular a prevenção da doença" (mais informações nesta pág.).
"Por isso insisto na ideia de que a pesquisa deve caminhar junto com as demandas da sociedade."
Futuro. O próximo desafio está traçado: ao mesmo tempo em que se prepara para a defesa da tese, marcada para o dia 25 deste mês, ela inicia um projeto de cooperação internacional entre Brasil e Alemanha com o tema Eco-Nutrição.
Com uma equipe de trabalho maior, a proposta, agora, é ampliar o estudo e incluir outros alimentos típicos da sociobiodiversidade brasileira que também têm tido suas propriedades negligenciadas.
A nova pesquisa foi aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e por duas agências alemãs: DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico) e GIZ (Cooperação Técnica Alemã para o Desenvolvimento).
Com os recursos financeiros estão previstas atividades de extensão que deem um retorno à sociedade sobre as informações científicas descobertas. "Como consequência, prevemos que, além do estímulo à alimentação saudável, haverá um acréscimo de renda a esses pequenos agricultores, que receberão uma demanda maior desses produtos tradicionais", explica.
É mais um "empurrão" acadêmico à criação de políticas públicas voltadas à pesquisa, valorização e divulgação de ilustres desconhecidos. Os entrevistados para o estudo de Fernanda, lá do interior do Tocantins, já acrescentaram a bacaba na dieta.
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